quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Como da noite pro dia


Voltei mundo! To viva! Confrontei meus fantasmas, cara a cara. Falei o que queria, e adivinha só? quado falei, saiu de mim, e agora nao dói mais nada!
Pode até ser que tenha feito alguem perder sono... bom, mas esse mereçe!
Aproveitei a brecha, e joguei os pensamentos.
Como toda virginiana que se preze, fui suscinta, discreta, moderada, e mantive a tradicional cara blasé de sempre. Leia-se fui fria e racionalista, como sempre, por isso ninguem me leva a serio: coraçao de pedra, coraçao gelado, sem coraçao, por ai vai...
Enfim, pra minha surpresa, fui bem recebida por minhas palavras, um maluco saiu de casa no meio da noite por causa delas. Sério, acabou de passar aqui!
Sabe-se lá por que cargas d'água... mas agora fiquei bem. Nao to depre, to feliz, to de volta, Cidade Baixa que me aguarde! Vai faltar cerveja por essas bandas!
Só fiquei me questionando, como pode passar assim? Não descobri nada que já nao soubesse, acho que só me dei conta do que já sabia. Não quero virar amante, nao quer ser a outra, nao quero estragar o namoro de ninguem, nao quero que a mina leve um chifre por minha causa!
Quero curtir, relaxar, sem cobranças, sem disfarces, sem "lugares que nao posso passar", sem nada disso! Quero naturalidade, que as coisas fluam, e que seja bom, enquanto estiver bom.
Afinal, a vida tem que ser leve, e já disse a Bethania "a felicidade se encontra nas horinhas de descuido". Quero estar aberta pra essas horinhas quando elas passarem. Nao quero que elas escapem pelos meus dedos, assim, sem mais nem menos. Prometo que tambem nao vou aprisiona-las.
O mundo deve ser livre, o coração, a fala, os pensamentos... por hora liberto estas palavras, mais tarde posso libertar meus sentimentos, quem sabe? O mais provavel é que eles se libertem de mim num momento de descuido.

Um comentário:

Anne Petit disse...

Os meus sentimentos são tão livres e tão estampados na minha cara Blasé o tempo todo, que quando os aprisiono, me sinto prisioneira de mim mesma entende. Talvez eu mesma mantenha cadeada a corrente que me prende ao pé da cama. Eu e meus boicotes sentimentais romanticos infinitos.