quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Mojitos


Coquetel a base de rum branco, originario de Cuba, só podia!
Novo vício!
Extremamente recomendável!


1 dose de rum branco
1 colheres de açúcar
Suco de 1 limão
1/2 copo de água com gás (cerca de 100 ml)
1 ramo de hortelã (ceca de umas 10 a 12 folhas)
Gelo picado a gosto

Coloque no copo onde vai ser servido o drink, os 4 últimos ingredientes
Amasse bem o hortelã (esse é o segredo do bom mojito)
Depois é só adicionar o rum e o gelo

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Sempre existe a Praia















Sempre as mesmas historias, as mesmas desculpas, e a mesma concordancia estupida. 
O primeiro suspiro do amor, é o ultimo da sabedoria. Eu já sabia disso.  Agora dane-se.
Se perco uma âncora de uma lado, de outro, descubro a praia. 
E o cheiro de praia, e o gosto de praia...
E eu nem sabia que ela estava ali, o tempo todo!
E isso é muito mais leve, muito mais facil de lidar, muito mais divertido.
Não, não é um novo romance. É simplesmente a descoberta.
Definitivamente, não é o melhor momento para romances, mas a descoberta, é sempre válida.
Sempre divertida, descompromissada.
Adoro noites surpreendentes com pessoas inesperadas!
E que seja leve, tão leve que o tempo nunca leve! 

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Neruda, mais uma vez...

Não te quero senão porque te quero,
e de querer-te a não te querer chego,
e de esperar-te quando não te espero,
passa o meu coração do frio ao fogo.
Quero-te só porque a ti te quero,
Odeio-te sem fim e odiando te rogo,
e a medida do meu amor viajante,
é não te ver e amar-te,
como um cego.

Tal vez consumirá a luz de Janeiro,
seu raio cruel meu coração inteiro,
roubando-me a chave do sossego,
nesta história só eu me morro,
e morrerei de amor porque te quero,
porque te quero amor,
 a sangue e fogo.


domingo, 6 de dezembro de 2009

...

Não adianta tentar de novo, algumas coisas tem seu tempo, e o tempo passado é irrecuperável.
Ontem, não foi como das outras vezes, foi estranho, foi distante... apesar do ritual ser o mesmo e os corpos serem os mesmos, as mentes não eram mais as mesmas. Tens tuas dores, e eu as minhas.
De qualquer forma, foi como repetir a mesma história de algumas semanas atrás.
Não vamos ficar juntos.
Posso ter teu corpo por algumas horas, nada mais.
Mas como foi bom tê-lo.
Jan Saudek

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Oi

Oi, como andas? Só queria dizer que estou com saudades, apesar de não nos falarmos mais ultimamente o que aliás, me consome. Não quero que me entendas mal, nao peço que imagine ou interprete nada, estou apenas retribuindo um agradecimento que amigo escreveu um dia num livro.
Mas enfim, tenho saudades, por isso resolvi escrever.
Lembrei como era gostoso ficar dançando e ouvindo música até altas horas, em plena terça feira! Era bom conversar com alguem tão vivo, tão cheio de idéias e planos, e sei que vais realizar todos eles! Um sagitariano não descansa, nem cansa tão fácil!
Sempre disse que teus olhos me provocavam, como se estivessem propondo um desafio. Hoje não tenho mais os olhos, mas ainda ficou a lembraça do desafio. E muito obrigada por ter me provocado tanto.
Conversas, discussões, Bourdieu, Marx, Freire, tantos relatos, tantos papéis, tanta gente, tanta coisa num apartamento tão pequeno!
E rodar pela Cidade Baixa, de bar em bar, tropeçando e derrubando mesas, brindando em copos de plástico (ou nao) e sambar e cantar...
Saudade das poesias tambem.
Saudade da cumplicidade.
Saudade do carinho.
Saudade do por do sol.
Saudade de satolep.
Saudade da pinheira.
Saudade da amizade.
Saudade de um tempo que não volta.
E pela primeira vez, pude compreender em toda sua imensidão, o que Vinicius já dizia faz tempo:


"Eu possa me dizer do amor (que tive);
Que nao seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure."

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Saia de saia na sexta!!















Nem vou repetir toda historia que se passou na UNITALIBAN, não quero discursar sobre a ignorancia dos alunos daquela faculdade, que repetiram um discurso machista, hipócrita e preconceituoso. Não estou nem ai se ela vai posar na plaiboy ou nao, nao me interessa.
O que mais me chocou nessa história toda, foram duas situações particulares: trocentas pessoas enfurecidas (sem entender porque) ameaçaram a guria com estupro coletivo, e isso nao teve repercussão na imprensa, e outra, foi ver mulheres supostamente esclarecidas dizendo: "ah, mas ela pediu!"
A grande barbárie nao foi o tamanho da saia, pqp, que hipocrisia, mulher melancia pode, banheira do gugu pode, dançarinas do faustão de sainha, pode. Pagar de gostosa na faculdade, nao pode. Vulgar? Deve ser punida? Beleza, entao da proxima vez que algum machista reacionário falar "ai, gostooooosa" e grunhir daquela maneira peculiar (que toda mulher jah escutou), quem estiver ao redor deve pegar em paus e pedras. É tão ou mais vulgar quanto um vestido curto.
Acredito que, confusamente, algumas mulheres sejam mais machistas que os homens. Desde de nao deixar o filho homem lavar a louça, passando pelo "ele é homem, sabe se cuidar", ate o incentivo a sexualidade masculina, todas sao formas veladas de machismo.
Mas é absurdo, escutar mulheres dizendo que ela mereceu, ela pediu. Como assim? Onde o mundo vai parar? Inquisiçao? Ninguem nunca viu uma perna de fora? No pais do carnaval, praia, verão, paraíso tropical para gringos cheios de grana, ainda se condena vestimenta?
Incrivel que os alunos da UNITALIBAN se mobilizem por um motivo futil desses, mas não se mobilizem buscando um DCE. Nesta universidadezinha, é proibida toda forma de organizaçao estudantil. Não existem Centros nem Diretorios Acadêmicos, nao existe DCE, e os alunos que tentaram criá-los, foram expulsos.
O Movimento Estudantil organizado, organizou uma manifestação em frente a universidade. A favor, junto do carro de som, aproximadamente 30 pessoas, contra 200 alunos, que eram contra a manifestação, que gritavam palavras de ordem ao machismo e a intolerancia.
Parabéns as instituições que se organizaram. Parabéns a militancia vigilante, parabéns as pessoas que expressaram sua indignação.
Em várias regiões do pais foi lançada a campanha "Saia de saia na sexta".
Eu sai.


Saia de saia

... pra sair, sair da rotina, sair de casa, sair da casinha, pra vestir uma saia
e dançar, pra sair como quiser!
Texto da minha queridissima infinita, Anelise de Moraes Oliveira, que eu amo demais.Este momento de inspiraçao descreve nossos dias de faculdade. Contrariando todos os instintos de ficar em casa dormindo num dia de chuva, enfrentamos a odisseia fabicana de cada dia, na certeza de que tudo vai valer a pena no final!


ai se eu acordasse (ao invés de dormir)
com ele a me olhar
um beijo bom
café na cama
e uma horinha de sexo pra despertar
ai se depois de acordar assim
ele virasse pra mim
manicure
cabelo
depilção
contador de historia
massagista e afins
ai se eu acordasse
veria que pra ser assim
marido não deve ser
amante tão pouco
quem sabe aquela velha fantasia adolescente
um brad pitt infinito na memória
um chico imaginário a cantar ao pé do ouvido
um sonho do qual não mais eu queria acordar
tá na hora de ir pra aula
viva a inspiração do sonho
a fabico me espea
o RU chama
e as bibas gritam vamooo amigaaa que vai perder o sorteio do bifeee

sábado, 24 de outubro de 2009

Por que a gente sente saudade?
Por que gosta!
Se não gostasse, não sentia saudade?
Não, acho que não.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Como da noite pro dia


Voltei mundo! To viva! Confrontei meus fantasmas, cara a cara. Falei o que queria, e adivinha só? quado falei, saiu de mim, e agora nao dói mais nada!
Pode até ser que tenha feito alguem perder sono... bom, mas esse mereçe!
Aproveitei a brecha, e joguei os pensamentos.
Como toda virginiana que se preze, fui suscinta, discreta, moderada, e mantive a tradicional cara blasé de sempre. Leia-se fui fria e racionalista, como sempre, por isso ninguem me leva a serio: coraçao de pedra, coraçao gelado, sem coraçao, por ai vai...
Enfim, pra minha surpresa, fui bem recebida por minhas palavras, um maluco saiu de casa no meio da noite por causa delas. Sério, acabou de passar aqui!
Sabe-se lá por que cargas d'água... mas agora fiquei bem. Nao to depre, to feliz, to de volta, Cidade Baixa que me aguarde! Vai faltar cerveja por essas bandas!
Só fiquei me questionando, como pode passar assim? Não descobri nada que já nao soubesse, acho que só me dei conta do que já sabia. Não quero virar amante, nao quer ser a outra, nao quero estragar o namoro de ninguem, nao quero que a mina leve um chifre por minha causa!
Quero curtir, relaxar, sem cobranças, sem disfarces, sem "lugares que nao posso passar", sem nada disso! Quero naturalidade, que as coisas fluam, e que seja bom, enquanto estiver bom.
Afinal, a vida tem que ser leve, e já disse a Bethania "a felicidade se encontra nas horinhas de descuido". Quero estar aberta pra essas horinhas quando elas passarem. Nao quero que elas escapem pelos meus dedos, assim, sem mais nem menos. Prometo que tambem nao vou aprisiona-las.
O mundo deve ser livre, o coração, a fala, os pensamentos... por hora liberto estas palavras, mais tarde posso libertar meus sentimentos, quem sabe? O mais provavel é que eles se libertem de mim num momento de descuido.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Manifesto!

Do Centro Acadêmico de Biblioteconomia, Arquivologia e Museologia à comunidade acadêmica da FABICO/UFRGS

ATENÇÃO

Em uma reunião no dia 21 de SETEMBRO de 2009 – há 26 dias – com o Diretor da FABICO, Ricardo Scheinerds, a Vice-diretora da FABICO,Regina Helena Van Der Laan, um representante do DACOM e dois do CABAM foi ACORDADO, entre todas as partes, O USO DOS ESPAÇOS DA FACULDADE DURANTE A SEMANA ACADÊMICA do segundo semestre de 2009.
Contudo, descobrimos no dia 16 de outubro – ÚLTIMO DIA ÚTIL ANTES DO EVENTO – que os alunos da Comunicação marcaram suas atividades nos locais que haviam sido reservados a nós. É a segunda vez que esta atitude ANTIDEMOCRÁTICA E IRRESPONSÁVEL ocorre: na I SAIBAM, em maio deste ano, já com a programação e os locais prontos um mês antes do evento, fomos OBRIGADOS a alterar nosso planejamento uma vez que a Comunicação resolveu, pouco tempo antes, realizar sua Semana Acadêmica. Como resultado, tivemos SUPERLOTAÇÃO NA SALA 408, com 94 PESSOAS EM UMA SALA COM CAPACIDADE PARA 60.
Estes dois ocorridos demonstram A FALTA DE RESPEITO QUE AS AUTORIDADES DE DENTRO DA FACULDADE DE BIBLIOTECONOMIA E COMUNICAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL TÊM PARA COM SEUS ALUNOS DE CIÊNCIAS DA INFORMAÇÃO. É injusto com a organização do evento, seus palestrantes e ouvintes terem sua programação alterada SEM PRÉVIO AVISO.
Cabe ressaltar que dos 11 palestrantes que foram convidados, 7 são DE FORA DA FACULDADE.
Além da programação corriqueira, abrimos espaços para a criação artística e intelectual dos discentes através de projetos como a Exposição Fotográfica,
a Oficina de Pinlux e a apresentação de trabalhos dos alunos, além de sessões de filmes temáticos.

Lamentamos com pesar o tipo de [DE]FORMAÇÃO ÉTICA QUE ESTÁ SE PRATICANDO NESTA FACULDADE -- ou seria um coleginho?

CABAM
Centro Acadêmico da Biblioteconomia, Arquivologia e Museologia da UFRGS

Atividades paralelas a II SAIBAM

* II Exposição Fotográfica - Saindo do suporte : recortes de [IN]FORMAÇÃO
* Oficina de Fotografia Pinlux
* CineCABAM: Brasil, LGBTT, Musicais
* Apresentação de trabalho dos alunos
* Eleição para gestão 2009/2010 do CABAM
* IV CABAManguaça: a festa do CABAM

domingo, 18 de outubro de 2009

A Televisao


A tevê dispara imagens que reproduzem o sistema e as vozes que lhe fazem eco; e não há canto do mundo que ela não alcance. O planeta inteiro é um vasto subúrbio de Dallas. Nós comemos emoçoes importadas como se fossem salsichas em lata, enquanto os jovens filhos da televisao, treinados para contemplar a vida em vez de faze-la, sacodem os ombros.
Na América Latina, a liberdade de expressão consiste no direito ao resmungo em algum radio ou em jornais de escassa circulação. Os livros não precisam ser proibidis pela policia: os preços já os proíbem.
(GALEANO, Eduardo. O Livro dos abraços. 7. ed. Porto Alegre: L&PM, 2000. p. 152)

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Fechado para balanço


Sim, fechado. A intençao é essa ao menos. Depois das ultimas “paixonites”, preciso de férias. A pior foi por uma pessoa que simplesmente desapareceu de Porto sem deixar noticias, e apareceu dois meses depois, namorando (Adoro surpresas!!).
De uns tempos pra ca, minha paciencia pra conhecer pessoas novas, que nunca foi lá essas coisas, anda definitivamente nas ultimas. Tremendo mau humor na hora de dizer : “Oi, tudo bem?” “Aham, foda-se! tudo”.
Vontade absoluta de ficar em casa, mas só pra não ter que encontrar ninguem, nem sorrir pra quem não quero. Ainda quero muito samba e muita festa, só não quero que ninguem interfira ou faça parte disso. Só quero amiginhos no momento.
Me fecho com facilidade. Não sofri de amores meses a fio... algumas semanas no maximo... e tambem não chamaria de amor, paixonite ainda é a palavra mais adequada. Mas com certeza, não estou no meu melhor momento. Enxergo mil defeitos em cada pessoa, me irrito sem a menor explicaçao, quero ir embora o mais rapido possivel, mandar a merda, mesmo.
De tanto querer enxergar amor em todo canto, e não encontrar nada, agora fecho meus olhos a todo custo, e minto pra mim mesma, buscando um conforto desconfortavel e impossivel.
A cada beijo sem sentimento, cada carinho vazio, sinto meu coraçao murchando, sinto meus olhos perdendo o brilho. Já vi pessoas assim, não quero me tornar tambem. Provavelmente chacras se fechando.  Li uma reportagem sobre chacras, em que um especialista falava "Quando um desses chacras está desequilibrado, muito aberto ou fechado, a pessoa se sente incapaz de de dar e receber amor". Fato.
Me sinto incapaz, e pouco disposta a mudar.
Mas isso passa, isso tambem vai passar.



terça-feira, 6 de outubro de 2009

O mais terrível


"O mais terrível não era a menina me chamando de "tio" e pedindo um trocado, ela de pé no chão, o asfalto e eu no meu carro de bacana..O mais terrível era eu escolhendo a cara e voz para dizer que não tinha trocado, desculpe, como se a vergonha tivesse um protocolo que a absolvesse. O mais terrível foi que ela era tao pequena que a cusparada não me atingiu
Somos boas pessoas, bons cidadãos e bons pais mas somos tios relapsos. Nossos sobrinhos enchem as ruas de nossa cidade,cercam nossos carros,invadem nossas vidas e insistem que são da nossa família, e não temos nada para lhes dar ou dizer alem de esmola e desculpas.
Na família brasileira “tios” e sobrinhos tem um dialogo de ameaça e medo, revolta e remorso e poucas palavras. Nenhum consolo possível, nenhuma esperança, nenhuma explicação. O que dizer a uma sobrinha cuja cabeça mal chega à janela do carro e tenta cuspir na cara do tio? Feio. Falta de educação. Papai do céu castiga. Paciência, minha filha, este é apenas um ciclo econômico e a nossa geração foi escolhida para este vexame. Você aí desse tamanho pedindo esmola e eu aqui sem nada para te dizer, agora afasta que abriu o sinal. Não pergunte ao titio quem fez a escolha, é tudo muito complicado e, mesmo, você não entenderia a teoria. Vai cheirar cola, para passar Vai morrer, para esquecer. Vai crescer pra me matar na próxima esquina..
A historia, dizem, terminou, e os mocinhos ganharam. Os realistas, antiutópicos, os racionais. Ficou provado que solidariedade é antinatural e que cada um deve cuidar dos apetites dos seus. Ou seja, ninguém é “tio” de ninguém. A família humana é um mito, o sofrimento alheio é um estorvo e se miséria á sua volta te incomoda, compra uma antena parabólica. Ninguém é insensível dizem os mocinhos, mas a compaixão não funciona. Todos esses anos de convivência com a dor dos outros, que deviam ter nos educado para a compaixão, nos educaram para autodefesa, para cuspir primeiro. Os bons sentimentos faliram, dizem os mocinhos. Confiemos no futuro do mercado que não tem sentimentos, que tritura gerações entre seus dedos invisíveis, pra que se envolver? Afasta do carro que abriu o sinal.
Mas mais terrível do que tudo é eu ficar aqui, escolhendo frases para encher papel, até cuidando o estilo, já que é domingo. Como se fizesse alguma diferença. Como se isso fosse nos salvar, o tio da sua impotência e cumplicidade e a sobrinha anonima do seu destino. Desculpe."

(VERISSIMO, Luis Fernando. Traçando Porto Alegre. 5. ed. Porto Alegre: Artes e oficios, 1995. p. 87-88.)

sábado, 19 de setembro de 2009

Enquete

Pesquisa de opiniao realizada entre as infinitas, quais as musicas pra curtir uma dor de cotovelo!
Novas sugestoes sao aceitas e bem vindas!!

Flor de Lis - Djavan
Acontece - Cartola
Ultimo desejo - Noel Rosa
Dança da solidão - Paulinho da Viola
Meu canario - Marisa Monte
Trocando em Miúdos - Chico Buarque
Atrás da Porta - Chico Buarque
Pra ser sincero - Marisa Monte
Último Romance - Los Hermanos
O vento - Los Hermanos
Trajetória - Elza Soares
Só - Oswaldo Montenegro
Metade - Oswaldo Montenegro
Mas quem disse que eu te esqueço - Paulinho da Viola
Gota d"agua - Chico Buarque
Ainda mais - Paulinho da Viola
Pra te lembrar - Nei Lisboa
Onde Anda Você -Vinicius de Moraes





"(...)
Eternalidade eternite eternaltivamente
eternuávamos
eternissíssimo
A cada instante se criam novas categorias do eterno."

Eterno, Carlos Drummond de Andrade

Infinito céu...




Como seria o céu? Não quero discutir religião, mas apenas filosofar. E se cada um pudesse ir para o Céu que quisesse?
No meu céu, faria sol, mas não um sol de queimar, um sol gostoso, com uma brisa soprando. Só choveria nos dias tristes, pra eu poder ficar em casa, olhando a rua através da janela molhada.
Haveria muita natureza, mato, árvores e grama, mas não haveria insetos, nem plantas que dessem coceira. Haveria rios e lagoas, mas com água morna, nada de água gelada. E também um ótimo serviço de bar que não cobraria 10%! Há, com um garçom que conheceria as pessoas pelo nome.
Os cachorros não cagariam, muito menos no meio do caminho. E não federiam também. Seriam treinados e cheirosos.
Todas as noites haveria uma boa roda de samba, que começaria no fim da tarde e iria ate o sol nascer. E todas as pessoas saberiam cantar, ou tocar ou dançar. E seriam sinceras.
Cerveja daria em arvore, latinhas geladas da mais pura cevada, que obviamente não engordariam. Aliás comida não engordaria. Todos teriam o peso que quisessem, assim como o cabelo e a idade.
Não existiriam problemas sociais, ninguém passaria frio nem fome. Nenhum coração seria solitário ou triste.
Todos estudariam, mas por prazer e curiosidade. Pela pura sede de conhecimento, Nietchze, Platão, Sócrates, Freud, seriam professores nessas “aulas”. Sempre haveria uma boa discussão, com argumentação e retórica.
Sou favorável que a ressaca permaneça, afinal é ela que nos lembra da noite anterior existiu mesmo. E que as pessoas trabalhem, mas que percebam o valor disso. Não tenho certeza quanto a permanência do dinheiro como o conhecemos, mas alguma moeda de troca devia existir. Não pensei nos detalhes.
Existiria a dor, a saudade, o amor, a dor de cotovelo, o medo da rejeição, a ansiedade pelo dia seguinte, a curiosidade pelo novo. Precisamos desses sentimentos pra nos manter atentos.
Também existiria o amor, o carinho, a amizade, acima de tudo a amizade verdadeira. Todos teriam uma melhor amiga pra socorrer os dias tristes e aliviar a dor das frustrações.
Todos os domingos haveria um grande almoço em família, as avós cozinhariam, e todos estariam felizes por estarem juntos.
Jura né? Só aqui mesmo... mas enquanto esse Céu não vem, ficamos por aqui mesmo, com este paraíso e inferno que cultivamos todo dia. Por hora, meu céu são as amizades infinitas, e a festinha nossa de cada dia.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Kerb de Aniversário



Obrigada de coraçao a todos os queridos que vieram, os que lembraram mas nao puderam vir, e aos que nao lembraram, mas que pensam em mim com carinho alguma vez na vida!!
Foi forte a festa, e apesar da chuva, foram todos pra rua!
Ainda ganhei um show do Lenine de presente, de graça! (Viva o Unimusica!)
O show devia acontecer em novembro, e foi antecipado para 3 de setembro! nao consegui retirar senha pro ingresso, mas consegui entrar e sentar bem na frente.
Ah, e outro presente maravilhoso, foi meu tio-amigo-parceiro do coraçao, que me ligou dizendo que ate pensou em vir pra ca! Bah, teres cogitado a possibilidade de vir, foi massa. Mesmo!
Maravilhosos 25 anos, reflexivos tambem. Fiquei fritando... como seriam os 30? Sera que teria todos esses amigos comigo? Seria que estaria sambando? Será que dormiria sozinha de novo? Será que ganharia outro beijo como aquele?
Duvidas que fazem parte, e se questiono e penso, é porque ainda tenho sonhos e estou viva!
E que venham mais 25!

domingo, 30 de agosto de 2009

Dez anos depois...

Reencontro da turma da 8º serie, 10, alias, 11 anos depois. Muita ceva, muito salsichao com pao, muitas historias bizarras vindo a tona. Foi bom ver certas pessoas depois de tanto tempo, é bom tambem que depois de todos esses encontros e desencontros dessa vida, ainda posso admirar a beleza e alegria contagiante de uma pessoa, e o espirito de liderança e força de outra. Renata e Jéssica, foi realmente maravilhoso ver voces de novo!
É importante mantermos contato com pessoas que nos conheceram no começo de tudo, porque elas nunca vai te deixar esquecer quem tu é de verdade. Gurias, maravilhoso!
E a todos os guris presentes, Lucas Linhares e Amaral, Braian, Jonas, valeu a noite gurizada!

Soneto do amigo

Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.

Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...


Vinicius de Moraes

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Romance

Conselho Amoro 1:
"Enfia o dedo no cu dele que ele relaxa!"

Conselho dado no Pampulhao, depois de uma aula de ética, quinta de madrugada, após varias tentativas de ceva barata e gelada.
Por algum motivo, os bares resolveram fechar, e os que ficaram abertos, nao tinham ceva!!
Um verdadeiro absurdo... entao todos nos enterramos mais um pouco no cartão de credito, bebendo uma bohemia bem gelada. Se é pra se fuder, então que seja com estilo!
Fechamos o restaurante, depois de atrair varios olhares de reprovação dos outros frequentadores, devido ao teor sexual-porno-erótico da conversa que rolava.
Quem estava lá sabe, e tava boa essa ceva!
Adoro noites que começam com nenhuma perspectiva e acabam de maneira surpreendente!
O cartão eu penso no mês que vem... serve pra isso mesmo!

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

NAO ao pontal


"Com 99,70% das urnas apuradas às 19h20 de hoje, a maioria dos porto-alegrenses decidiu hoje não permitir o uso e a construção de edificações destinadas à atividade residencial na região do Estaleiro Só, na orla do Rio Guaíba. A atual legislação permite apenas edificações destinadas ao comércio na região."


Entao muito bem... apesar das propagandas promovidas pela RBS, que ostentava o "Sim, ao progresso", a maioria venceu! Parabens aos porto alegrenses que se prestaram ao deslocamento em pleno domingo! Um verdadeiro gesto da expressao popular, que faz renovar minha alma "gauche". Afinal, o povo, que é sempre visto como uma terceira pessoa, que devia fazer alguma coisa, enfim se uniu e fez alguma coisa.
Uma campanha que começou pequena, despercebida, que todo mundo dizia ser a favor, mas que apesar dos protestos nao ira dar em nada, pois bem. Deu em muita coisa. Mais de 80 % dos votos foram contra!
Agora vem a segunda parte do plano, impedir tambem a construção de predios comerciais na Orla.
Uma vitoria por vez.
O mais importante agora é que a populaçao da capital percebeu que tem força. Nos lembramos do poder da massa unida por um ideal. Só falta tirar a velha de lá...

sábado, 22 de agosto de 2009

Bergamotas


Sabado à tarde, sol, chimarrao, bergamotas, redenção.... Por hoje me basta isso!
Li ontem em um blog chamado "Degustando Memórias" (maravilhoso, recomendo, é do meu tio que amo demais!), uma crônica que falava sobre as relaçoes com a cidade. Bom, devo estar na melhor fase do meu namoro com Porto Alegre ultimamente.
Acho que o fato de se sentir incluido em algum lugar, te faz pertencer a ele, e vice versa. Pertenço a Porto Alegre, a cada um dos seus bares, cada museuzinho, cada rua do centro (aliás, o centro é lindo no fim de tarde, principalmente aos fins de semana, quando nao está superlotado), cada rua da cidade baixa, os espaços da redençao, e todos os chavões que me forem permitidos!

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

O EQUIVALENTE FEMININO DE CANALHA

Põe tarja rosa no lugar da preta. Canalha tem um equivalente. Mais delicioso do que ele.

Se eu fico eriçado com Canalha, nem posso pronunciar direito seu sinônimo feminino. Transborda. É como, imobilizado, ser acariciado pelas pernas de uma mulher e investir inutilmente as mãos nas cordas. Vou guardar para o final.

Os leitores debateram qual seria a encarnação depilada do canalha. Surgiram várias provocações.

“Ingrata”? Elimino. Há uma ancestralidade negativa, não tem peso sexual. Atende a situações de desapego e desprezo. Ingrata é quem não dá o merecido. Convenhamos, o canalha dá mais do que o merecido. Só não permanece. Some sem se despedir. Canalha nunca aparece morto, um dia pode voltar. É o Dom Sebastião do sexo. Os telefonemas vão rareando e, de repente, ressurge como se fosse ontem, disposto como da primeira vez. O canalha sofre ataques de ternura. Nunca alcançamos o quanto ele vai durar - o que aumenta a intensidade dos encontros.

"Você é uma ingrata" soa como briga de comadres. Ou algo que o cabeleireiro confessa quando você não gosta da franjinha que ele inventou de última hora.

“Ordinária”? Um arcaísmo. Já era velho com Nelson Rodrigues. Não tem modernidade. Significa o cafajeste de saias. Sem diploma, não tem o cacife de um canalha. Foi trabalhar muito cedo. Forte, contundente, mas clamor despossuído de continuidade. É empregado para qualificar as sessões nas Câmaras Municipais de Vereadores, o que liquida de vez sua prosperidade amorosa.

Ordinária não oferece esperança. Canalha tortura pela fé depois de torturar pelo amor.

"Você é uma ordinária" lembra despedida de novela mexicana dublada. Os lábios do ator fecharam e a ordinária nem terminou de sair da garganta. Conclusiva, trai a mímica. Um beco da linguagem. Para expulsar uma amante e se internar em seguida numa clínica de desintoxicação.

"Vaca"? Não, é um complemento sexual. Um vibrador das palavras, não tem a regularidade da carne. Um apelo que pode ser usado de modo controlado. No ardor dos travesseiros. Aliás, um gemido abafado no travesseiro é a soberba do som. Um gemido sufocado é o mais alto gemido que o homem pode ouvir de uma mulher. Nossos orgasmos serão sempre surdos depois dele.

"Você é uma vaca" não tolera a repetição. Vaca Vaca Vaca é arremate de leilão na tevê. Se a protagonista é peituda, sério risco de sofrer um processo por difamação.

O mesmo com as demais espécies. “Cadela” ou “Égua” dependem de uma oportunidade. São adicionais da investida. Deve deixar a mulher pedir. O apetite rural é conseqüência dos bons antecedentes urbanos da transa.

"Vadia"? Funciona unicamente no quarto. Na rua, será motivo de agressão.

"Ei, vadia, está furando a fila?"

Não surte efeito. O canalha é o coringa do charme, pode ser veiculado nas vias públicas e acessos íntimos.

"Ei, canalha, está furando a fila?"

Ainda se manterá a normalidade do trânsito. Vadia exige intimidade ou tesão descomunal.

Desembarcamos no ponto alto: se o canalha fosse mulher, seria SA-FA-DA. É o café cortado que faz par ao expresso. A pronúncia é igual. Aberta, com as vogais batendo três vezes nos dentes. Safada é o vodu da dicção. Alfineta a boca. Estala, como aldrava numa porta. Quando o homem fala SAFADA, tem dificuldade para terminar. É derrotado pelo prazer. Prolonga ao máximo, como um guizo de uma cascavel. Depois de verbalizar, sente imediatamente uma saudade sonora.

Safada é expressão para morder, por mais que se queira lambê-la. Pode ser disparada no cantinho de trabalho ou numa roda de samba. É um elogio da malícia feminina, reconhecimento ao incontrolável temperamento. Com "sua" na frente é AVC. Não há como negociar prazos.

Repare: Sua Safada. O pulmão pede passagem. Mais consagração do que ofensa. Picardia na medida certa. Melodia que insinua e não limita o delírio.

Um sujeito somente diz quando reconhece que está sendo derrubado e nunca gostou tanto de ser masoquista. “Safada” é gritado como canalha. Ainda que num sussurro, ultrapassa o limite de 60 decibéis e deflagra a poluição sonora. É um "não esperava" esperando. O cara restará idiota, com o rosto perplexo de quem pensa "nos conhecemos de algum lugar?" e não estraga o momento com essa pergunta.

Traz uma autoridade milenar, um conhecimento secreto que não merecer ser revelado, muito menos questionado. Safada é libertinagem ingênua, devassidão castiça.

Safada é o que o homem encontrou para não entregar que está apaixonado. Tente

Fabrício Carpinejar