sábado, 19 de setembro de 2009

Infinito céu...




Como seria o céu? Não quero discutir religião, mas apenas filosofar. E se cada um pudesse ir para o Céu que quisesse?
No meu céu, faria sol, mas não um sol de queimar, um sol gostoso, com uma brisa soprando. Só choveria nos dias tristes, pra eu poder ficar em casa, olhando a rua através da janela molhada.
Haveria muita natureza, mato, árvores e grama, mas não haveria insetos, nem plantas que dessem coceira. Haveria rios e lagoas, mas com água morna, nada de água gelada. E também um ótimo serviço de bar que não cobraria 10%! Há, com um garçom que conheceria as pessoas pelo nome.
Os cachorros não cagariam, muito menos no meio do caminho. E não federiam também. Seriam treinados e cheirosos.
Todas as noites haveria uma boa roda de samba, que começaria no fim da tarde e iria ate o sol nascer. E todas as pessoas saberiam cantar, ou tocar ou dançar. E seriam sinceras.
Cerveja daria em arvore, latinhas geladas da mais pura cevada, que obviamente não engordariam. Aliás comida não engordaria. Todos teriam o peso que quisessem, assim como o cabelo e a idade.
Não existiriam problemas sociais, ninguém passaria frio nem fome. Nenhum coração seria solitário ou triste.
Todos estudariam, mas por prazer e curiosidade. Pela pura sede de conhecimento, Nietchze, Platão, Sócrates, Freud, seriam professores nessas “aulas”. Sempre haveria uma boa discussão, com argumentação e retórica.
Sou favorável que a ressaca permaneça, afinal é ela que nos lembra da noite anterior existiu mesmo. E que as pessoas trabalhem, mas que percebam o valor disso. Não tenho certeza quanto a permanência do dinheiro como o conhecemos, mas alguma moeda de troca devia existir. Não pensei nos detalhes.
Existiria a dor, a saudade, o amor, a dor de cotovelo, o medo da rejeição, a ansiedade pelo dia seguinte, a curiosidade pelo novo. Precisamos desses sentimentos pra nos manter atentos.
Também existiria o amor, o carinho, a amizade, acima de tudo a amizade verdadeira. Todos teriam uma melhor amiga pra socorrer os dias tristes e aliviar a dor das frustrações.
Todos os domingos haveria um grande almoço em família, as avós cozinhariam, e todos estariam felizes por estarem juntos.
Jura né? Só aqui mesmo... mas enquanto esse Céu não vem, ficamos por aqui mesmo, com este paraíso e inferno que cultivamos todo dia. Por hora, meu céu são as amizades infinitas, e a festinha nossa de cada dia.

3 comentários:

Anne Petit disse...

adoro-te. inifitamente doçura.

Alberto Ferreira disse...

Será q nesse céu os avós continuariam avós?
Já que todos poderiam escolher a idade?

Derbi disse...

Que bonita tua cabeça. Tem uma melancolia doce e um desejo tão grande de sentir. Sentir é tão necessário pra ti, te transborda e ao mesmo tempo te falta. Desse paradoxo que vem a profundidade do teu olhar? acho qeu sim...