segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Sonhos I

Depois de um longo trabalho, pesquisando e coletando dados, ela resolveu seguir a dica de alguém, cujo rosto não ser recordaria nunca mais. O homem lhe falava pra entrar na água, ela ia gostar.
Tratava-se de um rio pequeno, com algumas pedras grandes no seu leito, não era mais largo que alguns poucos metros,mas era fundo o suficiente para que pudesse ficar de pé e com a cabeça pra fora.
A princípio, a água parecia gelada, mas rapidamente essa sensação passou, e o rio mostrou-se quente e confortável, poderia passar horas ali dentro.
Alguns amigos estavam do lado de fora, observando das pedras, mas nenhum entrou, apenas observavam e sorriam com o seu deslumbramento.
Estar dentro daquele rio transmitia tanta calma, tanta paz... ela podia sentir o sol no seu rosto, e a água refrescando seu corpo, e aquela água tão clarinha, tão transparente, que podia ver a unha de seus pés pintados de roxo. Ali dentro encontrou a paz que não encontrava há muito tempo. Finalmente tudo fez sentido. Finalmente conseguiu perdoá-lo. Finalmente encontrou forças para seguir em frente.


No meio de toda essa epifania, quando parecia que aquele momento não poderia ser mais mágico, uma grande surpresa acontece. De repente, ela vê uma agitação na água, vindo da cabeceira do rio.
São peixes, centenas deles. Mais do que isso, são carpas, coloridas e brilhantes, laranja, rosa, pretas e brancas.
Elas passam por ela, beliscam seu corpo, nadam ao seu redor, como numa dança mágica.
A carpa representa força para alcançar os objetivos, perseverança, superação, conquista. Representam jóias vivas que nadam.
Com certeza, esse sonho é um presente, foi uma visita a algum lugar espacial.
E trará boa sorte.

Um comentário:

Márcia Irala disse...

que lindoo nalin (L) to olhando pra um aquario agora cheio de peixes laranjas viajei nesse teu poema