É de barro!
E é vermelho!
Como no horizonte a lagrimar...
É o sol que vem lambendo,
Juntando poeira e vento...
na imensidão do que está pra chegar.
São longas estradas...
Que importa!
Se chegar não é meu compromisso,
e o que me interessa mesmo é caminhar...
No olho do que não sabe ler,
Mas (des)entende o mundo no seu resistir...
Na boca de quem canta o amor,
Mas padece em solidão...
São todos soldados do porvir!
É chão batido!
Pé descalço!
Por tantas vezes escorregadio...
E tomes muito cuidado,
com as frustradas estrofes,
de gente que já desistiu, e não mais sorriu...
Daqui a tua mão!
Sigamos a passos largos,
no mundo correremos!
E mesmo de encruzilhada em encruzilhada,
logo chegarão novos ventos...
Ainda há chão!
É de barro!
E é vermelho!
E o que interessa mesmo é caminhar.
Belizário, Inverno/12
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