terça-feira, 18 de maio de 2010

(re) conhecendo

Finalmente a sensação de estar no próprio traço, e não em alheios.
Durante um bom tempo tive a nítida impressão de estar atrapalhando histórias, causando desencontros que nao deveriam ocorrer, atrasando encontros que certamente deviam ocorrer. O mundo acontecia ao meu redor, e eu observava com olhos parados.
Agora tudo está voltando ao normal. .
Estou no meu lugar, na minha história.














 

Telhados de Paris
Nei Lisboa

Venta Ali se vê
Aonde o arvoredo
Inventa um ballet
Enquanto invento aqui pra mim
um silêncio sem fim
Deixando a rima assim
sem mágoas, sem nada
Só uma janela em cruz
E uma paisagem tão comum
Telhados de Paris
Em casas velhas, mudas
Em blocos que um engano fez aqui
Mas tem no outono uma luz
Que acaricia essa dureza cor de giz
Que me estranha, mas não sabe se é feliz
E não entende quando eu grito


Eu tenho os olhos doidos, doidos, doidos
doidos, doidos, doidos, doidos
Meus olhos doidos, doidos, doidos,
doidos, doidos, doidos
São doidos por ti

 
O tempo se foi
há tempos que eu já desisti
Dos planos daquele assalto
de versos retos, corretos
E o resto de paixão, reguei
Vai servir prá nós
E o doce da loucura
E teu, é meu
Prá usar a sós

Eu tenho os olhos doidos, doidos, doidos
doidos, doidos, doidos, doidos, já vi, mon cherri
Meus olhos doidos, doidos, doidos,
doidos, doidos, doidos
São doidos por ti 

 
Venta Ali se vê
Aonde o arvoredo
Inventa um ballet
Enquanto invento aqui pra mim
um silêncio sem fim...

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