terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Neruda, mais uma vez...

Não te quero senão porque te quero,
e de querer-te a não te querer chego,
e de esperar-te quando não te espero,
passa o meu coração do frio ao fogo.
Quero-te só porque a ti te quero,
Odeio-te sem fim e odiando te rogo,
e a medida do meu amor viajante,
é não te ver e amar-te,
como um cego.

Tal vez consumirá a luz de Janeiro,
seu raio cruel meu coração inteiro,
roubando-me a chave do sossego,
nesta história só eu me morro,
e morrerei de amor porque te quero,
porque te quero amor,
 a sangue e fogo.


Um comentário:

Alberto Ferreira disse...

Pô, se fosse qualquer outro nem ligava, mas esse, que foi morto pelo Pinochet, tem que colocar ali em baixo, Pablo Neruda. "Presente, agora e sempre"
bjs.