quinta-feira, 26 de maio de 2011

Um "que" de Rebordosa

Não, definitivamente não. Se é essa a imagem que alguem faz de mim, certamente não conseguiu passar a primeira casca. Ou quer manter uma distância segura, ou não tem culhões o suficiente pra admitir que se sente intimidado por alguem que fala o que pensa, bebe quanto quer e não tem vergonha dos próprios defeitos.
Não sou nenhuma hipócrita, vivendo de fachada. Não tento passar uma imagem de futura esposa perfeita. Bem longe disso. Não tento passar por intelectual, sexy, ou descolada, nada disso.
Costumo ser apenas eu. Acidamente sincera.
Mas a comparação é até engraçada...



Quem meus pequenos vícios sejam perdoados, como disse Caetano, "cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é". Eu sei o quanto me divirto. Então aceito as críticas. Está no pacote. Mas não se ofenda se por acaso eu te chamar de bunda mole.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Poema XV

Pablo Neruda
 
ME gustas cuando callas porque estás como ausente,
y me oyes desde lejos, y mi voz no te toca.
Parece que los ojos se te hubieran volado
y parece que un beso te cerrara la boca.

Como todas las cosas están llenas de mi alma
emerges de las cosas, llena del alma mía.
Mariposa de sueño, te pareces a mi alma,
y te pareces a la palabra melancolía.

Me gustas cuando callas y estás como distante.
Y estás como quejándote, mariposa en arrullo.
Y me oyes desde lejos, y mi voz no te alcanza:
déjame que me calle con el silencio tuyo.

Déjame que te hable también con tu silencio
claro como una lámpara, simple como un anillo.
Eres como la noche, callada y constelada. 
Tu silencio es de estrella, tan lejano y sencillo.

Me gustas cuando callas porque estás como ausente.
Distante y dolorosa como si hubieras muerto.
Una palabra entonces, una sonrisa bastan.
Y estoy alegre, alegre de que no sea cierto.
 

Camarada D'água

O Teatro Mágico

Camarada, d'onde vem essa febre
Nossa alegria breve
Por enquanto nos deixou
Camarada, viva a vida mais leve
Não deixe que ela escorregue
Que te cause mais dor
Caixa d'água guarda a água do dia
Não cabe tua alegria
Não basta pro teu calor
Viva a tua maneira
Não perca a estribeira
Saiba do teu valor
E amanheça brilhando mais forte
Que a estrela do norte
Que a noite entregou
Camarada d'água
Fique peixe de manhã, de madrugada
Fique toda hora que for
Você é riacho
E acho que teu rio corre pra longe do meu mar
Mar marvado seria o rio
Que correndo do meu riacho
Levaria o que acho
Pra onde ninguém pode achar
Como pode um peixe vivo viver fora da água fria?
Como poderei viver
Como poderei viver
Sem a tua, sem a tua, sem a tua
[infinita] companhia?
Viva a tua maneira
Não perca a estribeira
Saiba do teu valor
E amanheça brilhando mais forte
Que a estrela do norte
Que a noite entregou


Um obrigada muito especial, pra todas essas mulheres infinitas que alicerçam a minha vida! 
Amo voces!