segunda-feira, 31 de agosto de 2009
Kerb de Aniversário
Obrigada de coraçao a todos os queridos que vieram, os que lembraram mas nao puderam vir, e aos que nao lembraram, mas que pensam em mim com carinho alguma vez na vida!!
Foi forte a festa, e apesar da chuva, foram todos pra rua!
Ainda ganhei um show do Lenine de presente, de graça! (Viva o Unimusica!)
O show devia acontecer em novembro, e foi antecipado para 3 de setembro! nao consegui retirar senha pro ingresso, mas consegui entrar e sentar bem na frente.
Ah, e outro presente maravilhoso, foi meu tio-amigo-parceiro do coraçao, que me ligou dizendo que ate pensou em vir pra ca! Bah, teres cogitado a possibilidade de vir, foi massa. Mesmo!
Maravilhosos 25 anos, reflexivos tambem. Fiquei fritando... como seriam os 30? Sera que teria todos esses amigos comigo? Seria que estaria sambando? Será que dormiria sozinha de novo? Será que ganharia outro beijo como aquele?
Duvidas que fazem parte, e se questiono e penso, é porque ainda tenho sonhos e estou viva!
E que venham mais 25!
domingo, 30 de agosto de 2009
Dez anos depois...
Reencontro da turma da 8º serie, 10, alias, 11 anos depois. Muita ceva, muito salsichao com pao, muitas historias bizarras vindo a tona. Foi bom ver certas pessoas depois de tanto tempo, é bom tambem que depois de todos esses encontros e desencontros dessa vida, ainda posso admirar a beleza e alegria contagiante de uma pessoa, e o espirito de liderança e força de outra. Renata e Jéssica, foi realmente maravilhoso ver voces de novo!
É importante mantermos contato com pessoas que nos conheceram no começo de tudo, porque elas nunca vai te deixar esquecer quem tu é de verdade. Gurias, maravilhoso!
E a todos os guris presentes, Lucas Linhares e Amaral, Braian, Jonas, valeu a noite gurizada!
Soneto do amigo
Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.
É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.
Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.
O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...
Vinicius de Moraes
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
Romance
Conselho Amoro 1:
"Enfia o dedo no cu dele que ele relaxa!"
Conselho dado no Pampulhao, depois de uma aula de ética, quinta de madrugada, após varias tentativas de ceva barata e gelada.
Por algum motivo, os bares resolveram fechar, e os que ficaram abertos, nao tinham ceva!!
Um verdadeiro absurdo... entao todos nos enterramos mais um pouco no cartão de credito, bebendo uma bohemia bem gelada. Se é pra se fuder, então que seja com estilo!
Fechamos o restaurante, depois de atrair varios olhares de reprovação dos outros frequentadores, devido ao teor sexual-porno-erótico da conversa que rolava.
Quem estava lá sabe, e tava boa essa ceva!
Adoro noites que começam com nenhuma perspectiva e acabam de maneira surpreendente!
O cartão eu penso no mês que vem... serve pra isso mesmo!
"Enfia o dedo no cu dele que ele relaxa!"
Conselho dado no Pampulhao, depois de uma aula de ética, quinta de madrugada, após varias tentativas de ceva barata e gelada.
Por algum motivo, os bares resolveram fechar, e os que ficaram abertos, nao tinham ceva!!
Um verdadeiro absurdo... entao todos nos enterramos mais um pouco no cartão de credito, bebendo uma bohemia bem gelada. Se é pra se fuder, então que seja com estilo!
Fechamos o restaurante, depois de atrair varios olhares de reprovação dos outros frequentadores, devido ao teor sexual-porno-erótico da conversa que rolava.
Quem estava lá sabe, e tava boa essa ceva!
Adoro noites que começam com nenhuma perspectiva e acabam de maneira surpreendente!
O cartão eu penso no mês que vem... serve pra isso mesmo!
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
NAO ao pontal
"Com 99,70% das urnas apuradas às 19h20 de hoje, a maioria dos porto-alegrenses decidiu hoje não permitir o uso e a construção de edificações destinadas à atividade residencial na região do Estaleiro Só, na orla do Rio Guaíba. A atual legislação permite apenas edificações destinadas ao comércio na região."
(ESTADAO. Acesso em 24 ago. 2009. Disponivel em: <http://www.estadao.com.br/noticias/geral,porto-alegre-nao-vai-liberar-uso-residencial-na-orla,423474,0.htm>.
Entao muito bem... apesar das propagandas promovidas pela RBS, que ostentava o "Sim, ao progresso", a maioria venceu! Parabens aos porto alegrenses que se prestaram ao deslocamento em pleno domingo! Um verdadeiro gesto da expressao popular, que faz renovar minha alma "gauche". Afinal, o povo, que é sempre visto como uma terceira pessoa, que devia fazer alguma coisa, enfim se uniu e fez alguma coisa.
Uma campanha que começou pequena, despercebida, que todo mundo dizia ser a favor, mas que apesar dos protestos nao ira dar em nada, pois bem. Deu em muita coisa. Mais de 80 % dos votos foram contra!
Agora vem a segunda parte do plano, impedir tambem a construção de predios comerciais na Orla.
Uma vitoria por vez.
O mais importante agora é que a populaçao da capital percebeu que tem força. Nos lembramos do poder da massa unida por um ideal. Só falta tirar a velha de lá...
sábado, 22 de agosto de 2009
Bergamotas
Sabado à tarde, sol, chimarrao, bergamotas, redenção.... Por hoje me basta isso!
Li ontem em um blog chamado "Degustando Memórias" (maravilhoso, recomendo, é do meu tio que amo demais!), uma crônica que falava sobre as relaçoes com a cidade. Bom, devo estar na melhor fase do meu namoro com Porto Alegre ultimamente.
Acho que o fato de se sentir incluido em algum lugar, te faz pertencer a ele, e vice versa. Pertenço a Porto Alegre, a cada um dos seus bares, cada museuzinho, cada rua do centro (aliás, o centro é lindo no fim de tarde, principalmente aos fins de semana, quando nao está superlotado), cada rua da cidade baixa, os espaços da redençao, e todos os chavões que me forem permitidos!
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
O EQUIVALENTE FEMININO DE CANALHA
Põe tarja rosa no lugar da preta. Canalha tem um equivalente. Mais delicioso do que ele.
Se eu fico eriçado com Canalha, nem posso pronunciar direito seu sinônimo feminino. Transborda. É como, imobilizado, ser acariciado pelas pernas de uma mulher e investir inutilmente as mãos nas cordas. Vou guardar para o final.
Os leitores debateram qual seria a encarnação depilada do canalha. Surgiram várias provocações.
“Ingrata”? Elimino. Há uma ancestralidade negativa, não tem peso sexual. Atende a situações de desapego e desprezo. Ingrata é quem não dá o merecido. Convenhamos, o canalha dá mais do que o merecido. Só não permanece. Some sem se despedir. Canalha nunca aparece morto, um dia pode voltar. É o Dom Sebastião do sexo. Os telefonemas vão rareando e, de repente, ressurge como se fosse ontem, disposto como da primeira vez. O canalha sofre ataques de ternura. Nunca alcançamos o quanto ele vai durar - o que aumenta a intensidade dos encontros.
"Você é uma ingrata" soa como briga de comadres. Ou algo que o cabeleireiro confessa quando você não gosta da franjinha que ele inventou de última hora.
“Ordinária”? Um arcaísmo. Já era velho com Nelson Rodrigues. Não tem modernidade. Significa o cafajeste de saias. Sem diploma, não tem o cacife de um canalha. Foi trabalhar muito cedo. Forte, contundente, mas clamor despossuído de continuidade. É empregado para qualificar as sessões nas Câmaras Municipais de Vereadores, o que liquida de vez sua prosperidade amorosa.
Ordinária não oferece esperança. Canalha tortura pela fé depois de torturar pelo amor.
"Você é uma ordinária" lembra despedida de novela mexicana dublada. Os lábios do ator fecharam e a ordinária nem terminou de sair da garganta. Conclusiva, trai a mímica. Um beco da linguagem. Para expulsar uma amante e se internar em seguida numa clínica de desintoxicação.
"Vaca"? Não, é um complemento sexual. Um vibrador das palavras, não tem a regularidade da carne. Um apelo que pode ser usado de modo controlado. No ardor dos travesseiros. Aliás, um gemido abafado no travesseiro é a soberba do som. Um gemido sufocado é o mais alto gemido que o homem pode ouvir de uma mulher. Nossos orgasmos serão sempre surdos depois dele.
"Você é uma vaca" não tolera a repetição. Vaca Vaca Vaca é arremate de leilão na tevê. Se a protagonista é peituda, sério risco de sofrer um processo por difamação.
O mesmo com as demais espécies. “Cadela” ou “Égua” dependem de uma oportunidade. São adicionais da investida. Deve deixar a mulher pedir. O apetite rural é conseqüência dos bons antecedentes urbanos da transa.
"Vadia"? Funciona unicamente no quarto. Na rua, será motivo de agressão.
"Ei, vadia, está furando a fila?"
Não surte efeito. O canalha é o coringa do charme, pode ser veiculado nas vias públicas e acessos íntimos.
"Ei, canalha, está furando a fila?"
Ainda se manterá a normalidade do trânsito. Vadia exige intimidade ou tesão descomunal.
Desembarcamos no ponto alto: se o canalha fosse mulher, seria SA-FA-DA. É o café cortado que faz par ao expresso. A pronúncia é igual. Aberta, com as vogais batendo três vezes nos dentes. Safada é o vodu da dicção. Alfineta a boca. Estala, como aldrava numa porta. Quando o homem fala SAFADA, tem dificuldade para terminar. É derrotado pelo prazer. Prolonga ao máximo, como um guizo de uma cascavel. Depois de verbalizar, sente imediatamente uma saudade sonora.
Safada é expressão para morder, por mais que se queira lambê-la. Pode ser disparada no cantinho de trabalho ou numa roda de samba. É um elogio da malícia feminina, reconhecimento ao incontrolável temperamento. Com "sua" na frente é AVC. Não há como negociar prazos.
Repare: Sua Safada. O pulmão pede passagem. Mais consagração do que ofensa. Picardia na medida certa. Melodia que insinua e não limita o delírio.
Um sujeito somente diz quando reconhece que está sendo derrubado e nunca gostou tanto de ser masoquista. “Safada” é gritado como canalha. Ainda que num sussurro, ultrapassa o limite de 60 decibéis e deflagra a poluição sonora. É um "não esperava" esperando. O cara restará idiota, com o rosto perplexo de quem pensa "nos conhecemos de algum lugar?" e não estraga o momento com essa pergunta.
Traz uma autoridade milenar, um conhecimento secreto que não merecer ser revelado, muito menos questionado. Safada é libertinagem ingênua, devassidão castiça.
Safada é o que o homem encontrou para não entregar que está apaixonado. Tente
Fabrício Carpinejar
Se eu fico eriçado com Canalha, nem posso pronunciar direito seu sinônimo feminino. Transborda. É como, imobilizado, ser acariciado pelas pernas de uma mulher e investir inutilmente as mãos nas cordas. Vou guardar para o final.
Os leitores debateram qual seria a encarnação depilada do canalha. Surgiram várias provocações.
“Ingrata”? Elimino. Há uma ancestralidade negativa, não tem peso sexual. Atende a situações de desapego e desprezo. Ingrata é quem não dá o merecido. Convenhamos, o canalha dá mais do que o merecido. Só não permanece. Some sem se despedir. Canalha nunca aparece morto, um dia pode voltar. É o Dom Sebastião do sexo. Os telefonemas vão rareando e, de repente, ressurge como se fosse ontem, disposto como da primeira vez. O canalha sofre ataques de ternura. Nunca alcançamos o quanto ele vai durar - o que aumenta a intensidade dos encontros.
"Você é uma ingrata" soa como briga de comadres. Ou algo que o cabeleireiro confessa quando você não gosta da franjinha que ele inventou de última hora.
“Ordinária”? Um arcaísmo. Já era velho com Nelson Rodrigues. Não tem modernidade. Significa o cafajeste de saias. Sem diploma, não tem o cacife de um canalha. Foi trabalhar muito cedo. Forte, contundente, mas clamor despossuído de continuidade. É empregado para qualificar as sessões nas Câmaras Municipais de Vereadores, o que liquida de vez sua prosperidade amorosa.
Ordinária não oferece esperança. Canalha tortura pela fé depois de torturar pelo amor.
"Você é uma ordinária" lembra despedida de novela mexicana dublada. Os lábios do ator fecharam e a ordinária nem terminou de sair da garganta. Conclusiva, trai a mímica. Um beco da linguagem. Para expulsar uma amante e se internar em seguida numa clínica de desintoxicação.
"Vaca"? Não, é um complemento sexual. Um vibrador das palavras, não tem a regularidade da carne. Um apelo que pode ser usado de modo controlado. No ardor dos travesseiros. Aliás, um gemido abafado no travesseiro é a soberba do som. Um gemido sufocado é o mais alto gemido que o homem pode ouvir de uma mulher. Nossos orgasmos serão sempre surdos depois dele.
"Você é uma vaca" não tolera a repetição. Vaca Vaca Vaca é arremate de leilão na tevê. Se a protagonista é peituda, sério risco de sofrer um processo por difamação.
O mesmo com as demais espécies. “Cadela” ou “Égua” dependem de uma oportunidade. São adicionais da investida. Deve deixar a mulher pedir. O apetite rural é conseqüência dos bons antecedentes urbanos da transa.
"Vadia"? Funciona unicamente no quarto. Na rua, será motivo de agressão.
"Ei, vadia, está furando a fila?"
Não surte efeito. O canalha é o coringa do charme, pode ser veiculado nas vias públicas e acessos íntimos.
"Ei, canalha, está furando a fila?"
Ainda se manterá a normalidade do trânsito. Vadia exige intimidade ou tesão descomunal.
Desembarcamos no ponto alto: se o canalha fosse mulher, seria SA-FA-DA. É o café cortado que faz par ao expresso. A pronúncia é igual. Aberta, com as vogais batendo três vezes nos dentes. Safada é o vodu da dicção. Alfineta a boca. Estala, como aldrava numa porta. Quando o homem fala SAFADA, tem dificuldade para terminar. É derrotado pelo prazer. Prolonga ao máximo, como um guizo de uma cascavel. Depois de verbalizar, sente imediatamente uma saudade sonora.
Safada é expressão para morder, por mais que se queira lambê-la. Pode ser disparada no cantinho de trabalho ou numa roda de samba. É um elogio da malícia feminina, reconhecimento ao incontrolável temperamento. Com "sua" na frente é AVC. Não há como negociar prazos.
Repare: Sua Safada. O pulmão pede passagem. Mais consagração do que ofensa. Picardia na medida certa. Melodia que insinua e não limita o delírio.
Um sujeito somente diz quando reconhece que está sendo derrubado e nunca gostou tanto de ser masoquista. “Safada” é gritado como canalha. Ainda que num sussurro, ultrapassa o limite de 60 decibéis e deflagra a poluição sonora. É um "não esperava" esperando. O cara restará idiota, com o rosto perplexo de quem pensa "nos conhecemos de algum lugar?" e não estraga o momento com essa pergunta.
Traz uma autoridade milenar, um conhecimento secreto que não merecer ser revelado, muito menos questionado. Safada é libertinagem ingênua, devassidão castiça.
Safada é o que o homem encontrou para não entregar que está apaixonado. Tente
Fabrício Carpinejar
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